LEI Nº 2.341, DE 21 DE JULHO DE 2006

 

DISPÕE SOBRE AS DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DA LEI ORÇAMENTÁRIA DO EXERCÍCIO DE 2007 E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

 

Texto compilado

 

O PREFEITO MUNICIPAL DE BAIXO GUANDU, ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei Orgânica Municipal, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte Lei:

 

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

 

Art. 1º O Orçamento do município de Baixo Guandu, Estado do Espírito Santo, referente ao exercício de 2007, será elaborado e executado segundo as Diretrizes Gerais estabelecidas nos termos da presente Lei, em cumprimento ao disposto nos artigos 165, II, § 2º, da Constituição Federal, Lei Complementar nº 101/2000 e no que dispõe a Lei Orgânica do Município, compreendendo:

 

I - as prioridades da Administração Pública Municipal;

 

II - a organização e estrutura dos orçamentos;

 

III- as diretrizes gerais para elaboração da lei orçamentária anual e suas respectivas alterações;

 

IV - as diretrizes para execução da lei orçamentária anual;

 

V - as disposições relativas às despesas com pessoal e encargos sociais;

 

VI - as disposições sobre alterações na Legislação Tributária do Município;

 

VII - as disposições finais;

 

VIII - Anexo de metas fiscais.

 

CAPÍTULO I

DAS PRIORIDADES E METAS DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

 

Art. 2º As prioridades e metas para o exercício financeiro de 2007 serão estabelecidas e priorizadas no Orçamento Anua! com seus anexos, em conformidade com o que dispuser o PPA (2006-2009).

 

Parágrafo Único. As prioridades e os objetivos que o Executivo Municipal estabelecer no transcorrer do prazo para elaboração do Orçamento terão preferências na alocação de recursos no orçamento de 2007, não se constituindo, todavia, em limite à programação das despesas.

 

CAPÍTULO II

DAS ORGANIZAÇÕES E ESTRUTURA DOS ORÇAMENTOS

 

Art. 3º Os Orçamentos Fiscais discriminarão a despesa por unidade Orçamentária, segundo a classificação Funcional e a Programática, explicitando para cada projeto, atividade ou operação especial, respectivas metas e valores da despesa por grupo e modalidade de aplicação.

 

§ 1º A classificação funcional - programática seguirá o disposto em Portaria expedida pelo Ministério do Orçamento e Gestão do Governo Federal ou órgão equivalente à época da elaboração do Orçamento.

 

§ 2º Os programas, classificadores da ação governamental, pelos quais os objetivos da Administração se exprimam, serão os definidos segundo o plano plurianual.

 

§ 3º Na indicação de grupo de despesa, a que se refere o caput deste artigo, será obedecida a seguinte classificação, de acordo com a Portaria Interministerial, da Secretaria do Tesouro Nacional e da Secretaria de Orçamento Federal, as alterações:

 

a) pessoal e encargos sociais (1);

b) juros e encargos da dívida (2);

c) outras despesas correntes (3);

d) investimentos (4);

e) inversões financeiras (5);

f) amortização da dívida (6).

 

§ 4º A Reserva de Contingência, previsto no art. 21 desta lei, será identificada pelo digito 9, no que se refere ao grupo de natureza da despesa.

 

§ 5º O projeto de lei orçamentária que o Poder Executivo encaminhará à Câmara Municipal e a respectiva Lei serão constituídos de:

 

I - Texto da lei;

 

II - Anexo 1 da Lei 4.320/64 e Adendo II da Portaria SOF nº 8/1985;

 

III - Anexo 2 da Lei 4.320/64 e Adendo III da Portaria SOF nº 8/1985;

 

IV - Anexo 3 da Lei 4.320/64 e Adendo III da Portaria SOF nº 8/1985;

 

V - Adendo 5 da Portaria SOF/SEPLAN nº 8/1985;

 

VI - Anexo 6 da Lei 4.320/64 e Adendo V da Portaria SOF nº 8/1985;

 

VII - Anexo 7 da Lei 4.320/64 e Adendo VI da Portaria SOF nº 8/1985;

 

VIII - Anexo 8 da Lei 4.320/64 e Adendo VII da Portaria SOF nº 8/1985;

 

IX - Anexo 9 da Lei 4.320/64 e Adendo VIII da Portaria SOF nº 8/1985;

 

X - QDD por categoria de programação, com identificação da Classificação institucional Funcional Programática, Categoria Econômica. Diagnóstico do Programa, Diretrizes, Objetos, Metas Físicas e indicação das fontes de financiamentos;

 

XI - Demonstrativo de evolução das receitas, conforme art. 12 da LRF.

 

Art. 4º Para efeito desta lei, entende-se por:

 

I - Programa, o instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos nesta Diretriz;

 

II - Atividade, um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizem de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação do Governo Municipal;

 

III - Projeto, um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou aperfeiçoamento da ação do Governo Municipal;

 

IV - Operação Especial, as despesas que não contribuem para a manutenção das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços.

 

Art. 5º Cada atividade projeto e operação especial identificará as ações necessárias para atingir os seus objetivos, sob a forma de atividades, projetos e operações especiais, especificando os respectivos valores e metas, bem como as unidades orçamentárias pela realização da ação.

 

Art. 6º Cada atividade, projeto e operação especial identificará a função e a sub- função as quais se vinculam.

 

Art. 7º As categorias de programação de que trata esta lei, serão identificadas no Projeto de Lei Orçamentária, por programas, atividades, projetos ou operações especiais.

 

Art. 8º As metas físicas serão indicadas em nível de projetos e atividades.

 

Art. 9º O Orçamento Fiscal compreende a programação dos Poderes Executivo e Legislativo do Município, seus fundos, órgãos e autarquias instituídas e mantidas pelo Poder Público, bem como das demais entidades que recebam recursos do Tesouro Municipal.

 

Parágrafo Único. Fica autorizado ao Executivo a assinar convênios com todas as esferas de governo, bem como com entidades privadas, definindo projetos que venham a atender a demanda da população, principalmente a carente, melhorando substancialmente sua qualidade de vida, devendo para tanto, enviar projeto de lei para abertura do crédito especial, que será obrigatoriamente votado pelo Legislativo.

 

CAPÍTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS PARA ELABORAÇÃO DA LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL E SUAS ALTERAÇÕES.

 

Art. 10 O Orçamento do Município será elaborado visando garantir o equilíbrio fiscal e a manutenção da capacidade própria de investimento.

 

Art. 11 No Projeto de Lei Orçamentária anual, as receitas e as despesas serão orçadas a preços correntes, estimados para o exercício de 2007, com base nos indicadores econômicos e tendências.

 

Art. 12 Na programação da despesa, serão observadas restrições no sentido de que:

 

I - nenhuma despesa poderá ser fixada sem que estejam definidas as respectivas fontes de recursos e legalmente constituídas as unidades executoras;

 

II - não serão destinados recursos para atender despesas com pagamento, e qualquer título, a servidor da Administração Municipal direta ou indireta, por serviço de consultoria ou assistência técnica, inclusive custeada com recursos decorrentes de convênios, acordos ajustes ou instrumentos congêneres, firmados com órgãos ou entidades de direito público ou privado, nacionais ou internacionais.

 

Art. 13 A Lei Orçamentária poderá destinar recursos para custeio de despesas de competência de outros entes da federação, que atuam no Município.

 

§ 1º É vedada a inclusão de dotações, na lei orçamentária e em seus critérios adicionais, a título de "auxílios" para entidades privadas, ressalvadas, as sem fins lucrativos e desde que sejam:

 

I - de atendimento direto e gratuito ao público e voltadas para o ensino especial, ou representativas da comunidade escolar das escolas públicas estaduais e municipais do ensino fundamental ou, ainda, unidades mantidas pela Campanha Nacional de Escolas da Comunidade - CENEC;

 

II - cadastradas junto ao Ministério do Meio Ambiente, para recebimento de recursos oriundos de programas ambientais, doados por organismos internacionais ou

 

III - voltadas para as ações de saúde e de atendimento direto e gratuito ao público, prestadas pelas entidades sem fins lucrativos, e que estejam registradas no Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS;

 

IV - consórcios intermunicipais de saúde, constituídos exclusivamente por entes públicos, legalmente instituídos e signatários de contrato de gestão com a administração pública municipal, e que participem da execução de programas nacionais de saúde;

 

V - Entidades sem fins lucrativos que visem o bem estar social da população idosa, entidades de combate às drogas e entidades beneficentes;

 

VI - qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, de acordo com a Lei nº 9.720, de 23 de março de 1999.

 

VII - entidades de segurança Pública e Entidades relacionadas à agricultura.

 

§ 2º Sem prejuízo da observância das condições estabelecidas neste artigo, a inclusão de dotações na lei orçamentária e sua execução, dependerão, ainda, de:

 

I - publicação, pelo Poder Executivo, de normas a serem observadas na concessão de auxílios, prevendo-se cláusula de reversão no caso de desvio de finalidade;

 

II - destinação dos recursos exclusivamente para manutenção, ampliação, aquisição de equipamentos e sua instalação e de material permanente; e

 

III - identificação do beneficiário e do valor transferido no respectivo convênio.

 

Art. 14 Somente serão incluídas, Lei Orçamentária anual, dotações para o pagamento de juros, encargos amortização das dívidas decorrentes das operações de créditos contratos ou autorizadas até a data do encaminhamento do Projeto Lei do Orçamento à Câmara Municipal.

 

Art. 15 Na programação de investimentos serão observados os seguintes princípios:

 

I - novos projetos somente serão incluídos na Lei Orçamentária depois de atendidos os em andamento, contempladas as despesas de conservação do patrimônio público e assegurada a contra partida de operações de crédito;

 

II - somente serão incluídos na Lei Orçamentária os investimentos para os quais ações que assegurem sua manutenção tenham sido previstas no Plano Plurianual (2006-2009);

 

III - os investimentos deverão apresentar viabilidade técnica, econômica, financeira e ambiental.

 

Art. 16 O Projeto de Lei Orçamentária poderá incluir programações condicionadas, constantes de propostas de alterações do PPA, que tenham sido objeto de projetos de lei.

 

Art. 17 Além de observar as demais diretrizes estabelecidas nesta lei, a alocação de recursos na Lei Orçamentária e em seus créditos adicionais será feita de forma a propiciar o controle dos custos das ações e a avaliação dos resultados dos programas de governo.

 

Art. 18 A reserva de contingência será fixada em valor equivalente a no mínimo 1% (um por cento), da receita corrente líquida estimada.

 

Art. 19 O Projeto de Lei Orçamentária anual de 2007 consignará autorização ao Poder Executivo para:

 

I - realizar operações de crédito por antecipação da receita, nos termos da legislação em vigor;

 

II - realizar operações de crédito até o limite estabelecido pela legislação em vigor;

 

III - abrir créditos adicionais suplementares;

 

IV - transpor, remanejar ou transferir recursos, dentro de uma categoria de programação para outras ou, de um órgão para outro, na forma de créditos adicionais suplementares por anulação de Dotações Orçamentárias e mesmo, por comprovado excesso de arrecadação de que trata o inciso III deste artigo, até o limite de 10% (dez por cento) do Orçamento, nos termos do artigo 43 e §§ da Lei Federal nº 4.320/64.

 

IV - transpor, remanejar ou transferir recursos, dentro de uma categoria de programação para outras ou, de um órgão para outro, na forma de créditos adicionais suplementares por anulação de Dotações Orçamentárias e mesmo, por comprovado excesso de arrecadação de que trata o inciso III deste artigo, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) do Orçamento, nos termos do artigo 43 e §§ da Lei Federal nº 4.320/64. (Redação dada pela Lei nº 2.356, de 30 de outubro de 2006)

 

Art. 20 As alterações do Quadro de Detalhamento de Despesas - QDD - nos níveis de modalidade de aplicação, elemento de despesas e fonte de recurso, observando os mesmos grupos de despesa, categoria econômica, projeto/atividade/operação especial e unidade orçamentária, poderão ser realizadas para atender às necessidades de execução, mediante publicação de Portaria ou Decreto, conforme o caso.

 

§ 1º A autorização para abertura de créditos adicionais suplementares para o exercício de 2007 deverão ficar entre os percentuais de zero por cento a trinta por cento.

 

§ 2º Além de observar as demais diretrizes estabelecidas nesta Lei, a alocação dos recursos na lei orçamentária e em seus créditos adicionais será feita de forma a propiciar o controle dos custos das ações e a avaliação dos resultados dos programas de governo.

 

§ 3º A proposta orçamentária conterá a previsão de aumento do salário-mínimo de forma a possibilitar o atendimento do disposto no art. 7º, IV, da Constituição.

 

§ 4º Os recursos necessários ao atendimento do aumento real do salário-mínimo, caso as dotações da lei orçamentária sejam insuficientes, serão objeto de crédito suplementar a ser aberto no exercício 2007.

 

Art. 21 As alterações de correntes da abertura e reabertura de créditos adicionais integrarão os quadros de detalhamento de despesa, os quais serão modificados independentemente de nova publicação.

 

CAPÍTULO IV

AS DIRETRIZES PARA EXECUÇÃO DA LEI ORÇAMENTÁRIA

 

Art. 22 Ficam as seguintes despesas a limitação financeira, a serem efetivadas nas hipóteses previstas no art. 9º e no inciso II § 1 º, do art. 31, da Lei Complementar nº 101/2000.

 

I - elaboração de projetos obras, instalações e aquisição de imóveis, que contribuírem para expansão da ação governamental;

 

II - despesas classificadas como outras despesas correntes, cujos recursos fixados no orçamento de 2007 excedam os valores realizados no exercício antecedente;

 

III - hora extra.

 

§ 1º O procedimento estabelecido no caput deste artigo aplica-se aos Poderes Executivo e Legislativo de forma proporcional à participação de seus orçamentos, excluídas as duplicidades, na Lei Orçamentária Anual, repercutindo, inclusive, no repasse financeiro a que se refere o art. 168, da Constituição Federal de 05/10/1988.

 

Art. 23 Fica excluída a proibição prevista no Inciso V, do Parágrafo único, do art. 22 da Lei Complementar 101/2000 a contratação de hora extra para pessoal em exercício nas Secretarias Municipais de Saúde e de Educação, ou em obras Secretarias quando tratar de relevante interesse público.

 

Art. 24 A execução orçamentária, orientada para o cumprimento das metas fiscais estabelecidas em anexo, deverá, ainda, manter a receita corrente superavitária frente às despesas correntes, com a finalidade de sustentar a capacidade própria de investimento.

 

CAPÍTULO V

DAS DISPOSIÇÕES RELATIVAS AS DESPESAS COM PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS

 

Art. 25 Os Poderes Executivo e Legislativo terão como limites na elaboração de suas propostas orçamentárias para pessoal e encargos, os limites dos artigos 19 e 20 da LC 101/2000, bem como a EC nº 25.

 

Art. 26 A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, auxílio alimentação, criação de cargos, empregos e funções ou alterações da estrutura de carreias, bem como a admissão ou contratação de pessoal a qualquer título, pelos Poderes Executivo e Legislativo, somente será admitindo:

 

I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender as projeções de despesas de pessoal e aos acréscimos dela decorrente;

 

II - se observados os limites estabelecidos nos art. 19 e 20, da Lei Complementar 101/2000;

 

III - se observada a margem de expansão das despesas de caráter continuado.

 

Parágrafo Único. O reajustamento de remuneração do pessoal deverá respeitar as condições estabelecidas nos incisos I e II, deste artigo.

 

CAPÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES SOBRE ALTERAÇÕES NA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

 

Art. 27 Na estimativa da receita constante do Projeto de Lei Orçamentária, serão considerados os efeitos de propostas da alteração tributária.

 

Parágrafo Único. As alterações na legislação tributária municipal deverão constituir objeto e projetos de lei a serem enviados Câmara Municipal, visando promover a justiça fiscal e aumentar a capacidade de investimento do Município.

 

CAPÍTULO VII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

 

Art. 28 São vedados quaisquer procedimentos pelos ordenadores de despesas que impliquem a execução de despesas sem comprovada e suficiente disponibilidade e Dotação Orçamentária e sem adequação com as cotas de desembolso.

 

Art. 29 Caso o projeto de lei orçamentária para 2007 não seja sancionado até 31 de dezembro de 2006, a programação dele constante poderá ser executada em cada mês, até o limite de 1/12 (um doze avos) do total de cada dotação, enquanto a respectiva lei não for sancionada.

 

§ 1º Considerar-se-á antecipação de crédito à conta da lei orçamentária a utilização dos recursos autorizada neste artigo.

 

§ 2º Não se incluem no limite previsto no caput deste artigo, podendo ser movimentadas sem restrições, as dotações para atender as despesas com:

 

I - pessoal e encargos sociais;

 

II - benefícios previdenciários;

 

III - pagamento do serviço da dívida;

 

IV - pagamento de compromissos correntes nas áreas da saúde, educação e assistência social;

 

V - categorias de programação cujos recursos sejam provenientes de operações de crédito ou de transferências da União e do Estado;

 

VI - categorias de programação cujos recursos correspondentes à contrapartida do Município em relação aos recursos previstos no inciso anterior.

 

Art. 30 O Poder Executivo enviará, juntamente com a Lei Orçamentária o Quadro de Detalhamento de Despesas (QDD), discriminando a despesa por elementos, conforme a Unidade Orçamentária e respectivas categorias de programação.

 

Parágrafo Único. O QDD será parte integrante dos anexos da Proposta de Lei Orçamentária Municipal.

 

Art. 31 Os créditos especiais e extraordinários autorizados nos últimos 04 (quatro) meses do exercício financeiro de 2006 poderão ser reabertos, no limite de seus saldos, os quais serão incorporados ao orçamento do exercício de 2007 conforme o dispositivo no § 2º do artigo 167, da Constituição Federal, efetivados mediante decreto do Prefeito Municipal.

 

Parágrafo Único. Na reabertura a que se refere o caput deste artigo, a fonte de recurso deverá ser identificada como saldos de exercício anteriores, independentemente da receita à conta da qual os créditos foram abertos.

 

Art. 32 Cabe a Secretaria Municipal de Administração e Finanças da PMBG e assessores da área de planejamento a responsabilidade pela coordenação do processo de elaboração do Orçamento Municipal, os quais determinarão sobre:

 

I - calendário de atividades para elaboração dos orçamentos;

 

II - elaboração e distribuição dos quadros que compõem as propostas parciais do Orçamento anual dos Poderes Executivo e Legislativo, seus órgãos e autarquia;

 

III - instituição para o devido preenchimento das propostas parciais dos orçamentos.

 

Art. 33 No intuito de dotar o processo de elaboração do Orçamento Municipal de maior transparência, os quadros que integram o Projeto de Lei Orçamentária serão disponibilizados junto aos setores competentes, responsáveis pela elaboração.

 

Art. 34 O Poder Executivo estabelecerá a programação financeira, por órgãos, e o cronograma anual de desembolso por grupo de despesa, bem como as metas de arrecadação, após a publicação da Lei Orçamentária anual.

 

Art. 35 Entende-se, para efeito do § 3º do artigo 16 da Lei Complementar nº 101/2000, como despesas irrelevantes, aquelas cujo valor não ultrapasse, para bens e serviços, os limites dos incisos I e II do artigo 24 da lei 8.666/93.

 

Art. 36 Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.

 

Art. 36 Fica o Chefe do Poder Executivo Municipal, autorizado a realizar as despesas necessárias à reestruturação administrativa do Município e a realização de concurso público no exercício de 2007, atendidos os critérios e limites da legislação vigente. (Redação dada pela Lei nº 2.358, de 23 de novembro de 2006)

 

REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.

 

Gabinete do Prefeito Municipal, aos 21 dias do mês de julho de 2006.

 

LASTÊNIO LUIZ CARDOSO

PREFEITO MUNICIPAL

 

Este texto não substitui o original publicado e arquivado na Prefeitura Municipal de Baixo Guandu.

 

Anexo I - Metas Fiscais

 

Metas Anuais

 

ESPECIFICAÇÃO

2007

2008

2009

 

Valores Correntes

Valores Correntes

Valores Correntes

Receita Total

43.912.871,001

46.547.643,00

49.340.501,00

Despesa Total

43.912.871,00

46.547.643,00

49.340.501,00

Div. Publ. Consolidada

6.482.154,00

6.871.083,00

7.283.348,00

 

Memória e metodologia de cálculo

 

Tendo como finalidade subsidiar tecnicamente as projeções que constam do Anexo de metas fiscais para o próximo exercício (2007), e para os dois exercícios seguintes (2008-2009), expomos a base metodológica, bem como a memória de cálculo utilizada na composição dos valores informados.

 

A princípio, vale destacar que consideramos os seguintes índices percentuais para cada exercício, como segue:

 

Variáveis

2007

2008

2009

PIB real (crescimento anual)

5.0%

6.0%

6 0%

índices previstos para as Metas Fiscais Anuais

5.0%

6.0%

6.0%

 

Estes percentuais contemplam a previsão de inflação e a projeção de crescimento real (PIB), conforme regulamenta a Secretária do Tesouro Nacional (STN). Vale ressaltar, que o relatório contempla um cenário de referência baseado nas perspectivas de mercado, estimados pelos órgãos federais, podendo ocorrer variações para mais ou para menos

 

Os índices acima citados foram aplicados sobre os valores da receita e despesa previstos na Lei Orçamentária Anual para o exercício de 2006, e, o valor correspondente a dívida pública consolidada, a qual teve como referência dos valores constantes na Prestação de Contas Anual (Balanço) do exercício de 2005.

 

Anexo II - Avaliação do Cumprimento de Metas

 

ESPECIFICAÇÃO

2006

2006

 

Valores Previstos relativos a 3/12 avos

Execução Orçamentária até 31/03/2006.

Receita Total

8.906.166,25

7.677.087,14

Despesa Total

8.906 166,25

5.606.755,97

 

Os valores demonstrados no Anexo II têm como base de cálculo os valores previstos na LDO para 2006, proporcionais a 3/12 avos, considerando que os valores da execução orçamentária disponíveis são de 31/03/2006, os quais demonstram que os valores proporcionalmente apurados estão dentro dos limites e em conformidade com o previsto na LDO/2006.

 

Anexo IV - Metas Fiscais

 

Evolução do Patrimônio Líquido

 

Patrimônio Líquido

2005

2004

2003

Patrimônio/Capital

 

Reservas

 

Resultado Acumulado

15.657.198,00

12.070.963,00

7.672.300,00

Total

15.657.198,00

12.070.963,00

7.672.300,00

 

Nota

Os demonstrativos Anexo III Metas Fiscais Atuais Comparadas com as Metas Fixadas nos Três Exercícios Anteriores, Anexo V - Origem de Aplicação de Recursos Obtidos com a Alienação de Ativos, Anexo VI - Avaliação da Situação Financeira e Atuaria do RPPS, Anexo VII - Estimativa e Compensação da Renúncia de Receita e Anexo VIII - Margem de expansão das Despesas Obrigatórias de Caráter Continuado, não constam neste projeto de lei, pelo fato de não existirem fatos geradores para elaboração dos mesmos.